Absenteísmo e Presenteísmo, Qual a Diferença?

Diferente do Absenteísmo que é a falta do funcionário ao trabalho o Presenteísmo pode ser considerado o inimigo invisível da produtividade.

Absenteísmo e presenteísmo são dois importantes conceitos do mundo trabalhista.

Muito abrangentes e comuns dentro do cotidiano, tanto o primeiro, que trata das ausências, quanto o segundo, quando o trabalhador exerce sua função mesmo não tendo condições, são negativos e hoje você vai entender a diferença entre eles e o motivo para evitá-los.

Primeiro devemos entender que a ideia contemporânea de trabalho não é a mais adequada.

O trabalho deve ser uma atividade prazerosa para o trabalhador, que troca suas horas pela remuneração.

O ambiente deve ser favorável e as condições físicas e psicológicas devem acompanhar isso, apresentando bons índices.

Isso é um desafio, tanto para empregadores quanto para empregados.

Ambos os lados precisam trabalhar para criar esse ambiente positivo e consequentemente colherem bons frutos.

Diferença entre Absenteísmo e Presenteísmo

O que é absenteísmo?

O absenteísmo é a ausência do trabalhador.

Essa falta (ou atraso) pode ser gerada por diferentes motivos, fazendo com que sejam criadas categorias dentro do absenteísmo.

É possível considerá-lo “voluntário”, “por doença”, “por doença ocupacional” ou “compulsório”.

A primeira categoria, considerada voluntária, é quando o funcionário não comparece e não apresenta causas justas, ou seja, legalmente ele cometeu uma infração.

No caso do absenteísmo por doença, esse trabalhador estará fora para fazer algum tratamento ou consulta.

Quando a ausência é por doença ocupacional, o sinal de alerta deve ser ligado.

Esse funcionário deixou de trabalhar por problemas de saúdes ocasionados justamente por sua rotina.

A falta compulsória é aquela que surge de forma inversa, quando os patrões dispensam o colaborador.

Esse último tipo de ausência pode surgir como uma punição ou como uma condição específica. Um exemplo seria uma enchente, que impediria os trabalhadores de se deslocarem.

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Fique muito atento, nenhuma dessas condições é boa para a empresa.

Se o trabalhador faltou e não alegou motivos plausíveis, isso pode significar alguma insatisfação ou falta de comprometimento, sendo necessária uma análise interna para decidir sobre sua demissão e(ou) novas condutas por parte da empresa.

No caso de doenças, sejam elas causadas pela rotina de trabalho, a empresa deve ficar atenta e orientar seus trabalhadores.

Oferecendo boas condições e incentivando os devidos tratamentos, o empregador pode tornar o empregado um verdadeiro aliado na construção de um ambiente positivo.

O que é presenteísmo?

Esse fenômeno ocorre quanto o trabalhador está presente, porém não tem condições adequadas.

Essa falta de condição pode ser física ou emocional.

Neste contexto, o trabalhador terá baixo rendimento e afetará toda a equipe.

Essa situação é difícil de ser detectada e normalmente só é notada através do desempenho, o que é um erro.

Um bom gestor deve identificar o quanto antes os problemas com sua equipe.

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Qual a diferença entre Absenteísmo e Presenteísmo?

Um trata a ausência e outro a presença.

Nenhum dos dois é positivo para as empresas e diferentes técnicas para detectá-los devem ser aplicadas.

A boa liderança de uma equipe prevê que o gestor conheça e detecte problemas com seus profissionais.

Obviamente, casos específicos vão ocorrer no cotidiano. Neste momento, é preciso ter conhecimento e experiência para saber como administrar e solucionar o impasse da maneira mais equilibrada possível.

Sobre o Autor

Rafael Lobo

Fundador e sócio-diretor na Conceito Zen, Bombeiro Civil com aperfeiçoamento em Segurança do Trabalho, Técnico em Massoterapia e vencedor do Prêmio Reconhecimento Senac, atua desde 2008 com palestras e atividades voltadas para SIPAT e Qualidade de Vida no Trabalho.

Comentários (4)

  1. Bras :

    Excelente explanação. A maioria das empresas em que trabalhei não possuem esse conhecimento suficiente para entenderem a necessidade desse acompanhamento entre seus colaboradores causando insatisfação geral no seu quadro de pessoal, seja por acumulo de funções e/ou responsabilidades para uns e menosprezo e/ou falta de reconhecimento para outros. Isso com certeza proporciona resultados, na maioria das vezes, insatisfatórios.

    • Rafael Lobo :

      Olá Bras.

      Obrigado pelo feedback.

      Abraços,
      Rafael

  2. Leidener :

    Em 1978 nasceu nosso 3º filho, com seis meses de idade percebemos que havia algo errado com ele, o levamos ao neurologista e ficou constatado paralisia cerebral. O médico nos recomendou começar o tratamento o quanto antes, retornamos para casa desolados. Eu era eletricista da Light, trabalhava com redes de 25.kv e 13.2.kv ligadas. Em virtude dos fatos citados trabalhava quase todo dia fazendo horas extras para pagar o tratamento do nosso filho, até que no dia 8 de agosto de 1980, após dobrar o serviço até às 1:30 da madrugada, ao retornar sofri um acidente elétrico e perdi meus dois braços. Faço esse comentário porque sei que diversos fatores contribuíram para que me acidentasse, um deles o PRESENTEISMO. Corpo presente, mente ausente. Hoje sou palestrante motivacional desde 1988 e sempre que posso abordo esse tema nas palestras. Acho que esse assunto deveria ser mais divulgado.
    SEGURANÇA É VIDA E VIDA NÃO TEM PREÇO.

    • Rafael Lobo :

      Olá Leidener.
      Que depoimento emocionante!

      Desejo tudo de bom para você e sua família.

      Abraços,
      Rafael

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